sexta-feira, 27 de abril de 2012

Falta de autopromoção de Toquinho protege Anderson Silva de seu maior perigo no UFC

Enquanto Chael Sonnen treina a todo vapor saboreando a transferência da revanche com Anderson Silva para Las Vegas, o mineiro de fala mansa Rousimar “Toquinho” Palhares segue o mesmo caminho para duelar com Allan Belcher em maio, mas com uma fundamental diferença: o silêncio. Se tudo o que Sonnen faz vira notícia, com Toquinho é o oposto. Competindo desde 2008 no maior show de MMA do mundo, o brasileiro acumula sete vitórias, cinco delas por finalização, e apenas duas derrotas. Cartel de respeito, mas que ainda não o consolidou como um dos principais nomes da categoria a desafiar o reinado do Spider. Tanto que Toquinho ainda briga para se firmar como uma das atrações do card principal dos eventos que participa. Acompanhe a página de MMA do R7 O motivo? Justamente a enorme diferença na autopromoção em relação ao contender número um da categoria. Uma vez que a timidez e as respostas curtas e sem apelo do mineiro não vendem ingressos, os discursos eloquentes e fanfarrônicos de Sonnen lotam estádios ao redor do mundo. Um belo exemplo aconteceu na última quinta-feira (26), quando o site Sherdog, provavelmente o mais respeitado no mundo do MMA, atualizou o ranking dos médios e não mencionou o brasileiro entre os dez melhores. Uma eleição um tanto quanto polêmica, já que o afiado jogo de finalizações de Toquinho é apontado por nove entre dez especialistas como o maior perigo ao posto de número um de Anderson Silva. Claro, as derrotas do brasileiro o fizeram cair no ranking momentaneamente, assim como a maioria de suas vitórias não foram contra oponentes do mesmo nível dos que foram batidos por Sonnen. Mas faça uma rápida comparação entre os cartéis dos atletas. Competindo desde 2009 entre os pesos médios (84 kg) do UFC, o falastrão americano venceu cinco lutas, quatro delas na decisão dos juízes, e perdeu duas no octógono. Soma-se a esse cartel o fato de que por um ano o americano ficou afastado das competições por ter sido flagrado nos exames antidoping e por ser condenado por lavagem de dinheiro em seu país. Tudo isso, no entanto, assim como suas derrotas, fica em segundo plano graças às suas pataquadas fora do octógono. Postura completamente diferente da de Toquinho, que longe da figura de vilão, segue o caminho mais difícil: o do trabalho duro e silencioso, com a certeza de que, com uma vitória sobre Belcher no próximo dia 5, sua situação irá mudar e de que o momento de brilhar ainda chegará.

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