sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ceará 2 x 1 Atlético-PR - Com virada heróica, Vozão vence e sobe na tabela!


Apesar do amplo dominio durante todo o jogo, o Ceará conquistou mais três pontos de forma dramática. Após estar perdendo durante quase o jogo todo, o Vozão aplicou o vira-vira e derrotou o Atlético-PR por 2 a 1, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, em partida válida pela 12ª rodada do Brasileirão. O destaque do jogo foi o atacante Marcelo Nicácio, que entrou no segundo tempo e marcou os dois gols do vozão. Com a vitória o Ceará manteve a boa sequência e chegou ao quinto jogo sem derrota.

Confira!
» Vasco 1 x 1 Bahia - Tricolor toma gol no final, mas sai da zona da degola
Com a bélissima vitória, o Ceará chegou aos 18 pontos conquistados e está na nona colocação na tabela, há quatro pontos do G4. Já o Furacão, que havia esboçado uma recuperação ao derrotar o Botafogo na última rodada por 2 a 1, não mateve a toada e segue com cinco pontos ganhos, na lanterna do Braisleirão.

Na próxima rodada o ceará vai ao Engenhão, no Rio de Janeiro, encarar o Fluminense, no próximo domingo, a partir das 16 horas. O Atlético terá uma tarefa dificil, pois receberá o Santos, na arena da Baixada, em Curitiba, também no domingo, às 18h30.

Vozão domina, mas sai perdendo
Querendo manter a boa sequência de rersultados positivos, o Ceará partiu para cima do Atlético-PR e criou ótimas oportunidades. A primeira foi logo aos 4 minutos, quando o lateral Vicente levantou na área e Washington cabeceou, mas a bola passou por cima do gol do Furtacão, com grande perigo.

O Ceará tomava a iniciativa do jogo, mas aos 15 minutos o Atlético emplacou o primeiro contra-ataque e não desperdiçou. Madson rtecebeu na entrada área, sem marcação, e bateu para o gol, colocado, no ângulo direito do goleiro Diego, abrindo o placar no Presidente Vargas.

O gol não desanimou os jogadores do Ceará, que mantiveram a posse de bola e quase empataram a partida. Aos 25 minutos, após cobrança de escanteio, Michel subiu e cabeceou firme, mas o goleiro do Furacão, Renan Rocha fez belíssima defesa, colocando a bola para a linha de fundo.

Aos 33 minutos, uma nova grnade oportunidade para o Vozão. O lateral Vicente recebeu pela esquerda, avançou e soltou uma bomba, mas o goleiro Renan, bem colocado fez ótima defesa, espalmando para escanteio. Apesar do claro dominio no primeiro tempo, o Ceará não conseguiu empatar e viu o Furacão quase ampliar aos 47 minutos, quando Santiago García, após rápido contra-ataque, recebeu na área e bateu de esquerda, mas o goleiro Diego tirou com o pé, salvando o Vozão.

Nicácio entra e vira para o Ceará
A segunda etapa começou como terminou a primera, com o Ceará levando perigo e buscando a vitória. Aos 4 minutos, após cruzamento de Vicente, Felipe Aazevedo dominou e soltou a bomba, mas a bola passou por cima do gol do Furacão, levando perigo. Seis minutos depois, outra grande oportunidade. O atacante Oswaldo recebeu a bola pela direita, fez fila e cruzou, mas a bola passou na frente do gol até que Edilson, do Furacão, tirou para escanteio.

Após a pressão inicial, o Ceará relaxou e deu espaço para o Atlético chegar. Aos 18 minutos, Madson arrancou pela direita e tocou para Marcinho, que ajeitou para a bomba de Cleber Santana, mas a bola passou por cima do gol cearense. Após a chance do Furacão, o técnico Vagner Mancini promoveu uma substituição que mudaria a história do jogo. Entrou Marcelo Nicácio e saiu Washington.

A alteração deu mais mobilidade ao ataque do Vozão e as chances voltaram a acontecer, até que aos 38 minutos, Nicácio aproveitou a furada do zagueiro Fabrício e tocou para o gol, a bola passou por baixo do goleiro Renan Rocha e foi para o fundo da rede. A pressão cearense continuou e aos 46 minutos, ele, novamente Nicácio, fez explodir o Estádio Presidente Vargas. Após cruzamento de João Marcos, o atacante tocou para o gol e deu a vitória ao Vozão, de virada.

Ceará

Diego;
Boiadeiro (Enrico), Diego Sacoman, Fabrício e Vicente;
Michel, João Marcos, Heleno, Felipe Azevedo (Egídio);
Osvaldo (Marcelo Nicácio) e Washington

Técnico: Vagner Mancini

Atlético

Renan Rocha;
Edilson, Gustavo Lazaretti, Fabrício e Paulinho;
Deivid, Cleber Santana, Kleberson e Marcinho (Robston);
Madson (Rafael Santos) e Santiago Garcia (Rodriguinho)

Técnico: Renato Gaucho

Vasco 1 x 1 Bahia - Tricolor toma gol no final, mas sai da zona da degola


O Bahia perdeu uma grande chance de confirmar a fama de visitante indigesto no Campeonato Brasileiro nesta quinta-feira. Jogando no Estádio São Januário, no Rio de Janeiro, o Tricolor empatou com Vasco, por 1 a 1, em jogo válido pela 12ª rodada da competição, mas mesmo assim conseguiu deixar a zona de rebaixamento da elite nacional. O estreante Reinaldo fez o gol da vitória logo no começo da partida. No último lance, Élton igualou o marcador.

Com o resultado, o Bahia aumentou o jejum sem vitória agora para seis jogos. Desde o triunfo sobre o Atlético-PR, também fora de casa, foram cinco jogos sendo três empates e duas derrotas. Com isto, o Tricolor assumiu a 16ª posição, com 12 pontos. Enquanto isto, o Vasco perdeu uma posição e agora é o quinto, com 21 pontos.

Primeiro tempo
Um dos visitantes mais indigestos do Brasileirão, o Bahia começou a partida calando a torcida do Vasco. Logo aos quatro minutos, Ávine puxou contra-ataque pelo lado esquerdo, foi até a linha de fundo e cruzou rasteiro. O atacante Souza domínou, protegeu sobre a marcação e rolou para o lado, onde estava entrando Reinaldo, que só teve o trabalho de empurrar para o gol.

Atrás no marcador o Vasco partiu para cima do adversário. Aos poucos foi calibrando o pé e levando perigo ao gol defendido por Marcelo Lomba, que fez sua primeira defesa aos 12 minutos. O meia Felipe recebeu na entrada da área, limpou a marcação, invadiu a área pelo lado direito e chutou cruzado. Com as pontas dos dedos, Marcelo Lomba desviou para escanteio.

O tempo foi passando e o Vasco foi dominando completamente a partida. Em menos de um minuto, o ataque vascaíno obrigou Marcelo Lomba a fazer dois milagres. No primeiro, Juninho Pernambucano bateu de fora da área e o goleiro foi no angulo fazer grande defesa. Na segunda, o camisa um parou finalização de Alecsandro, que tentou por cobertura.

No final do primeiro tempo, o Vasco era só ataque e tinha muito mais volume de jogo que o adversário, mas o time seguia errando finalização para desespero dos torcedores vascaínos e festa da torcida baiana, que compareceu em bom número a São Januário.

Segundo tempo
Na volta dos vestiarios, o panorama da partida não mudou nada. O Vasco seguia pressionando o adversário no campo de defesa e se tornava cada vez mais dependente de Juninho Pernambucano já que Diego Souza e Felipe estavam bastante apagados. Por outro lado, o Bahia apostava na velocidade para aumentar o placar.

O tempo foi passando, Ricardo Gomes foi mudando seu time tentando oxigenar o ataque, mas a principal arma do Vasco era Juninho Pernambucano. Aos 20 minutos, o meio-campista aproveitou rebote de sua próprio cobrança de falta e bateu de primeira. A bola ia no angulo, mas Marcelo Lomba se esticou todo e deu um leve toque para a linha de fundo.

Apesar de ser pressionado durante todo o segundo tempo, o Bahia esteve próximo de marcar o segundo gol. Aos 34 minutos, mais uma vez pelo lado esquerdo, Ávine puxou contra-ataque e tocou para Ricardinho. O veterano rolou na medida para Reinaldo, que de frente para o gol, tocou para fora.

Quando tudo parecia que havia acabou o Vasco resolveu empatar. Aos 48 minutos, Juninho cobrou falta em direção à área, Marcelo Lomba se chocou com Dedé, mas fez o corte. Porém, a bola sobrou para Bernardo que tocou de cebeça. Em cima da linha, Élton desviou e empatou a partida, no apagar das luzes.

Próximos jogos
O Vasco volta a campo contra o São Paulo no próximo domingo, às 16 horas, no Estádio do Morumbi, em São Paulo. No mesmo dia, porém, às 18h30, o Bahia recebe o Figueirense, no Estádio do Pituaçu, em Salvador.

Vasco da Gama

Fernando Prass;
Fagner, Anderson Martins, Dedé e Márceio Careca;
Rômulo, Juninho Pernambucano, Diego Souza (Bernardo) e Felipe (Leandro);
Éder Luis e Alecsandro (Élton);

Técnico: Ricardo Gomes

Bahia

Marcelo Lomba;
Marcos, Titi, Paulo Miranda e Ávine;
Hélder (Ricardinho), Marcone, Fabinho e Lulinha (Gabriel);
Reinaldo (Jones) e Souza;

Técnico: Renê Simões

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cielo arranca o peso das costas e é campeão mundial nos 50m borboleta

Em pouco mais de 20 segundos, Cesar Cielo arrancou das costas o peso de 20 dias. E chorou. Muito. Depois de passar quase um mês nadando no incômodo terreno das explicações, o brasileiro voltou a falar alto nesta segunda-feira, do jeito que mais gosta: com braçadas. Nos 50m borboleta, prova que sequer é sua especialidade, atravessou a piscina em 23s10, castigando a água do Centro Esportivo Oriental com a força de quem viu seu nome ligado ao doping ao longo do mês. Bateu em primeiro, gritou, sentou-se na raia, olhou o placar, chorou feito criança. É este o Cielo que abre os trabalhos em Xangai: absolvido pelo tribunal e novamente campeão mundial dentro d’água.

É o terceiro título mundial do nadador de 24 anos, que já havia chegado ao topo em Roma, em 2009, nos 50m e 100m livre. Em Xangai, ele também vai nadar as duas provas, suas especialidades. Na quarta-feira, volta à piscina para as eliminatórias dos 100m.

O pódio nesta segunda-feira foi completado por dois australianos. A prata ficou com Matthew Targett (23s28), e o bronze com Geoff Huegill (23s35). O francês Fred Bousquet chegou em quarto, com o tempo de 23s38.

Choro após a glória

Antes de subir no bloco de partida, Cielo mudou seu ritual. Em vez de pegar a água da piscina para cuspir, usou o líquido que estava em sua garrafa. Secou o bloco com a toalha e ficou passando o pé, preocupado em não escorregar. O resto foi o de sempre: bateu forte no peito, fez o sinal da cruz, apontou para o céu e mergulhou para o ouro.

Com tempo de reação de 0s66, esteve sempre na frente. Não chegou a abrir grande vantagem, mas dominou a prova e deixou os rivais para trás. Bateu em primeiro, quebrando o gelo de um mês em que foi visto mais de terno do que de bermuda. Não demorou praticamente nada para cair a ficha.

Cielo sentou na raia e berrou muito com braços abertos para o alto. Chorou copiosamente. Desceu da raia e ficou olhando para o placar por quase dois minutos, como se ainda buscasse a confirmação de que estava no topo do mundo outra vez. Ganhou ali o reconhecimento do público, que começou a aplaudi-lo.


O ouro veio logo na primeira final de Cielo após o caso de doping. No dia 1º deste mês, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou que o nadador tinha sido flagrado no exame antidoping pelo uso de furosemida. Cielo alegou que houve contaminação de um suplemento alimentar numa farmácia de manipulação de sua cidade, Santa Bárbara D'Oeste. A CBDA aplicou ao nadador apenas uma advertência, mas a Federação Internacional decidiu mandar o caso ao Tribunal Arbitral do Esporte. Três dias antes do início da natação no Mundial, o TAS decidiu manter apenas a advertência e liberou o nadador para a disputa.

Desde a primeira vez em que caiu na piscina em Xangai, Cielo parecia determinado a voltar ao topo, ainda que no nado borboleta, que não é sua especialidade. Ele foi o mais veloz das eliminatórias e da semifinal. Na decisão, manteve o ritmo e nadou para o ouro.

Troféu Armando Nogueira: 'Morro' García é o craque da 11ª rodada

Se a Celeste Olímpica, liderada por Diego Forlán e cia., resgatou o orgulho uruguaio com a conquista da Copa América 2011, neste domingo, ao bater o Paraguai por 3 a 0, no estádio Monumental de Nuñez, outro compatriota também deu o que falar, mas em gramado brasileiro. Contratação mais cara do Atlético-PR – a diretoria do Furacão pagou ao Nacional-URU cerca de R$ 7,66 milhões -, Santiago ‘Morro’ García não só marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 do clube paranaense sobre o Botafogo, na Arena da Baixada, como também foi eleito o craque da 11ª rodada do Troféu Armando Nogueira.

Se Morro García desencantou, o que falar então do Cruzeiro de Joel Santana? Durante a semana, o discurso da equipe mineira era de se comportar diante do líder Corinthians, invicto a 11 partidas até então, como time pequeno – ainda mais jogando no Pacaembu. A tática funcionou. A Raposa derrotou o Timão por 1 a 0, com um golaço de Wallyson, e emplacou a sua dupla de zaga, Gil e Naldo, entre os selecionados. Quem também se destacou foi o trio Nei, Andrezinho e Leandro Damião, que infernizou a defesa do Avaí na vitória do Inter por 3 a 1, de virada, em Florianópolis.

Vale lembrar que a seleção do campeonato é montada após a apuração das médias de todos os jogadores que disputaram ao menos 13 partidas no Brasileirão. Os autores das notas são sempre os comentaristas do SporTV e repórteres do GLOBOESPORTE.COM. Confira como ficou toda a seleção da 11ª rodada.

GOLEIROS

Apesar da derrota do Atlético-MG para o Vasco, por 2 a 1, em Ipatinga, o arqueiro Giovanni recebeu a maior nota de todos os demais na posição (7,0), inclusive desbancando Muriel (Inter), Fábio (Cruzeiro), Márcio (Atlético-GO) e Marcelo Lomba (Bahia), que receberem 6,5. O jovem goleiro da equipe mineira não teve culpa nos gols que sofreu e ainda defendeu um pênalti cobrado por Alecsandro, do Vasco.

LATERAL-DIREITO

Se o Inter derrotou o Avaí por 3 a 1, de virada, na última quinta-feira, em Florianópolis, Nei teve participação fundamental. O lateral mostrou eficiência nas subidas ao ataque e, numa destas, deu um cruzamento perfeito para Leandro Damião, de cabeça, marcar o gol. Mariano, do Fluminense, depois de rodadas apagadas, voltou a mostrar um bom futebol e teve participação fundamental na vitória tricolor sobre o Palmeiras, por 1 a 0, ao cruzar na cabeça de Marquinho. Edílson, que estava escanteado no Grêmio, estreou bem no Atlético-PR e ganhou 6,5.

ZAGUEIROS

Postura tática e eficiência na marcação. A dupla de zaga do Cruzeiro, formada por Gil e Naldo, parou o ataque do Corinthians no Pacaembu - e não é qualquer ataque. A linha de frente do Alvinegro do Parque São Jorge tem nada mais, nada menos que Jorge Henrique, William e Emerson Sheik, que pararam no paredão celeste. A retaguarda do Vasco, formada por Dedé e Anderson Martins, assim como Chicão, do Corinthians, Roger Carvalho, do Figueirense, e Márcio Rozário, do Fluminense, também foram bem na rodada.

LATERAL-ESQUERDO

Uma semana após Egídio, cedido ao Ceará pelo Flamengo, por empréstimo, ganhar a nota 7 e ser eleito o lateral-esquerdo da 10ª rodada, um rubro-negro é o dono da posição. Junior Cesar foi um dos poucos poupados pela crítica após o empate do Fla com o Ceará em 1 a 1, em Macaé-RJ. Se gol do Rubro-Negro saiu, foi graças ao cruzamento perfeito para Renato, que, com o pé direito - que não é o bom - escorou para o fundo da rede. Vicente, do Vozão, que voltou de suspensão nesta rodada, Guilherme Santos, do Atlético-MG, todos com 6,5, tiveram atuações regulares.

VOLANTES

Maior ladrão de bolas da rodada, com sete desarmes, Michel, do Ceará, comandou as ações no meio de campo do Vozão contra o Flamengo. Homem de confiança do técnico Vagner Mancini, o volante mostrou qualidade tanto na proteção da zaga, quanto na saída de bola e, pelo conjunto da obra, recebeu nota 7,5. Por falar em saída de bola, Luiz Antônio, um dos muitos jovens que Vanderlei Luxemburgo apostou neste sábado, em Macaé, mostrou personalidade na meia-cancha do Rubro-Negro e teve uma boa atuação, garantindo a nota 7. Vale ressaltar os sempre regulares Tinga, do Inter, Willians, do Fla, Marquinhos Paraná, do Cruzeiro, e dupla Ralf e Paulinho, do Corinthians.

MEIAS

O que sobra em talento, sobra também em irregularidade quando se fala em Diego Souza. Contra o Atlético-MG, o meia não só marcou os dois gols, mas também liderou o Vasco rumo à vitória por 2 a 1 em Ipatinga. A nota 7,5 para ele não foi à toa. Xodó da torcida colorada, porém jamais unanimidade com qualquer comissão técnica que já passou pelo Beira-Rio, Andrezinho mudou o jogo contra o Avaí. Enquanto estava no banco de reservas, o Inter estava com dificuldades diante dos catarinenses. No entanto, bastou o meia entrar para incendiar a partida e ajudar o Colorado a voltar para Porto Alegre com três pontos na bagagem. Roger, do Cruzeiro, que fez até papel de volante após a expulsão de Gilberto contra o Corinthians, e merecidamente ganhou nota 7,5, além de D'Alessandro e Bida, do Atlético Goianiense, se destacaram.

ATACANTES

Santiago 'Morro' García começa a se ambientar ao futebol brasileiro - e da melhor forma possível -, fazendo gols. O uruguaio mostrou seu faro de artilheiro marcando duas vezes e decidindo a partida a favor do Atlético-PR contra o Botafogo - 2 a 1, na Arena da Baixada. Seu companheiro de ataque na seleção da rodada é outro que está acostumado a balançar as redes, Leandro Damião. Líder do Prêmio Friedenreich com 25 gols na temporada, o centroavante colorado deixou sua marca - de cabeça - contra o Avaí. Wallyson, do Cruzeiro, que marcou um golaço e acabou com a invencibilidade do Corinthians, que durava 11 partidas, além de Dagoberto, do São Paulo, com duas assistências, também tiveram boa exibições.

Loco brinca sobre 'nova cavadinha' no vestiário: 'Campeão pode tudo'


Durante a animada comemoração uruguaia no vestiário do estádio Monumental de Nuñez, Loco Abreu foi "traído" por Diego Forlán, que registrou e postou na Internet um vídeo com a taça da Copa América sem perceber que ao fundo o atacante do Botafogo estava rebolando de cueca como se fosse uma dançarina de axé. E Loco Abreu ainda leva uns tapas do volante Gargano... Quando vê que está sendo filmado com a cavadinha”, o botafoguense fica sem graça e arruma a cueca.

Minutos depois de publicar as imagens em sua conta oficial no Youtube, Forlán retirou o vídeo que também tinha o defensor Martín Cáceres como veio ao mundo... Um pouco mais tarde, todo arrumado e já com o tradicional terno da seleção uruguaia, Loco Abreu reagiu com bom humor ao saber que as imagens já tinham se espalhado e virado assunto na internet.

- Se é só de cueca não tem problema, não (risos). Agora que a gente foi campeão pode tudo. Se tiver respeito com a gente não tem problema não - disse Loco Abreu.

O atacante também comentou a homenagem que fez à torcida do Botafogo durante a comemoração do título uruguaio ainda no gramado após a vitória por 3 a 0 sobre o Paraguai na final da Copa América, neste domingo, no estádio Monumental de Nuñez. Loco Abreu ficou enrolado com uma bandeira alvinegra.

- Lembrei da torcida sim, que não só na Copa América, mas também no Mundial no ano passado ficaram torcendo para gente. Então o mínimo que posso fazer é num gesto de agradecimento a eles levar uma bandeira do Botafogo para o gramado e comemorar - disse o atacante.

Loco Abreu deve retornar para o Rio de Janeiro na terça-feira para se reapresentar ao Botafogo. Neste domingo, a delegação do Uruguai segue para Montevidéu, onde vai comemorar o título durante toda a madrugada no estádio Centenário.

- Agora é comemorar muito, assim como a torcida do Botafogo, que está comemorando lá no Rio, um abraço meu para eles.

Em dia de Forlán e Suárez, Uruguai bate Paraguai e acaba com jejum


Acostumado a viver apenas das glórias do passado nas últimas décadas, o Uruguai pode agora vibrar com o presente. Com a raça e um dia inspirado de Luis Suárez e Diego Forlán, a Celeste impôs seu favoritismo diante do Paraguai, que chegou à decisão sem ter vencido uma partida sequer, derrotou o rival por 3 a 0 e assegurou o título da Copa América, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

O caneco, erguido pelo ex-são-paulino Lugano, garantiu a supremacia no continente à Celeste, dona agora de 15 conquistas, e, de quebra, coroou os nomes de Suárez e Forlán. Autora dos gols do triunfo, a dupla de atacantes, que já havia brilhado na ótima campanha do Mundial da África do Sul, foi fundamental no resgaste do futebol uruguaio e entrou de vez na lista de ídolos do país ao lado de lendas como Obdulio Varela, Ghiggia e Francescoli.

Com dois gols na partida, Forlán, por sinal, se tornou o maior artilheiro da história do país com 31 gols ao lado de Scarone e igualou o feito do pai e do avô: o jogador é neto de Juan Carlos Corazzo, campeão da Copa América como técnico da Celeste em 1959, e filho de Pablo Forlán, vencedor como atleta em 1967.

Com apoio da torcida, Uruguai começa pressionando

Considerado favorito para o confronto, o Uruguai entrou com o forte apoio da torcida, maioria nas arquibancadas do estádio Monumental de Nuñez que, há pouco menos de um mês, era palco do drama do River Plate. Dono da “cancha”, o time portenho empatou por 1 a 1 com o Belgrano e foi rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Argentino.

Com a força de sua “hinchada”, a Celeste começou pressionando. Logo com um minuto, Suárez, na base dos trancos e barrancos, dividiu com os zagueiros e chutou prensado. Escanteio. Na cobrança, Forlán colocou na cabeça de Lugano que testou para defesa parcial de Justo Villar. Na sobra, Coates arrematou para o meia Ortigoza que, de mão, evitou a abertura do placar. O árbitro Sálvio Spínola, encoberto por vários jogadores, ignorou o pênalti.

A jogada assustou o Paraguai que, acuado em seu campo de defesa, se limitava a conter as investidas uruguaias e colocar a bola ora para lateral, ora para escanteio.

Suárez marca

E a insistência e apetite uruguaio acabaram dando resultado. Diego Pérez cruzou para o meio da área e a bola desviou em um defensor, caindo redonda nos pés do artilheiro Suárez, que estava aberto no lado direito. O camisa 9 dominou, cortou um adversário e chutou sem chances para Villar aos 11.

Com a desvantagem, o Paraguai tentou sair para o jogo e, aos 15, conseguiu sua primeira chance com Váldez desviando para fora um cruzamento de Vera.

Aos poucos, o Paraguai equilibrava a partida, mas sem assustar Muslera. O Uruguai, por sua vez, chegava com perigo e, aos 32, quase ampliou com Forlán após lindo passe de Suárez. O camisa 10 acabou chutando mal para intervenção de Villar. Cinco minutos depois, Suárez teve nova oportunidade, mas acabou arrematando para fora.

Forlán desencanta

Melhor em campo novamente, o Uruguai acabou fazendo o segundo antes do término do primeiro tempo. De malas prontas para deixar o Botafogo, o volante Arévalo roubou bola na intermediária e tocou para Forlán, com um chute forte e seco, fazer 2 a 0 aos 41. Festa absoluta do atacante que, depois de 12 jogos, voltou a marcar com a camisa celeste. Se último tenta tinha sido na disputa do 3º lugar da última Copa, em julho de 2010.

Menos recuado em relação ao primeiro tempo, o Paraguai, que não contava com o seu técnico no banco de reservas (Gerardo Martino cumpria suspensão por uma expulsão na semifinal diante da Venezuela), voltou para a etapa final correndo atrás do prejuízo. O Uruguai, por sua vez, se postava bem na defesa e não deixava o rival pressionar.

Váldez acerta o travessão, Forlán mata a partida

Porém, em um chute de fora da área, quase que os Guaranis diminuíram aos nove. Haedo Váldez dominou na intermediária e carimbou o travessão de Muslera que, até então, só observava o embate.

O lance, entretanto, não abateu os uruguaios que, com o resultado ao seu favor, seguiam cozinhando a partida, enquanto os paraguaios, na base da vontade, tentavam colocar fogo no duelo. Porém, quem quase incendiou o Monumental mais uma vez foi Suárez. Após passe de Cavani, o atacante chutou para defesa espetacular de Villar aos 29.

Nos minutos finais, o time do técnico Oscar Tábarez controlou ainda mais o duelo e, aos 44, fez o terceiro com Forlán. Com o apito final, o Monumental em um virou um pedaço do Uruguai. Um estádio celeste que não presenciou um título tão importante como uma Copa do Mundo, mas tão significante quanto para a torcida e jogadores como Lugano, Loco Abreu, Forlán, Suárez, Arévalo, Muslera e outros.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pelo Twitter, Hugo Chávez reclama de arbitragem de Paraguai e Venezuela


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assistiu a eliminação de sua seleção nos pênaltis para o Paraguai ao lado do ex-líder cubano Fidel Casto, e fez questão de elogiar a seleção venezuelana pelo Twitter, logo após a partida, nesta quarta-feira. Mas na manhã desta quinta, o polêmico Chávez, que está em Cuba para realizar um tratamento contra o câncer, disse que a equipe foi roubada pelo árbitro Francisco Chacón, também pelo microblog.

Ele reclamou de um gol anulado aos 34 minutos da primeira etapa.

- Na verdade, nossa Vinotinto ganhou a noite! Paraguai não venceu esse jogo. Tanto Fidel como eu vimos claramente o gol que nos roubaram! Por que o árbitro anulou esse gol espetacular? Na minha modesta opinião, com base em feitos observáveis, nos roubaram o gol da vitória - postou o presidente venezuelano.

Ele pediu ao presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, que tome providências para evitar erros dos juízes no torneio.

- Creio que devemos levantar nossa voz, porque temos autoridade para fazê-lo, diante da Conmebol. Saudações ao grande amigo Nicolás Leoz. Amigo Leo, devemos cuidar da nossa Copa América. Podemos conversar sobre isto. Confesso que nosso compatriota e amigo César Farias (técnico da Venezuela) conversou comigo sobre esses temas, de algumas "coisinhas" que às vezes ocorrem nestas competições. Sobretudo na arbitragem. Revisemos Leoz! - pediu.

Chávez também fez questão de elogiar o técnico César Farias e o capitão Arango.

- Ao nosso técnico e líder, César Farias, a minha mensagem: pode repetir como um César (imperador romano), junto a todos nós: Vim, Vi, Venci. Aos outros atletas: são grandiosos! Que honra ter vocês. São vocês que legitimam o que A.Mijares (advogado, escritor, jornalista e educador, autor da biografia sobre Simón Bolívar, "El Libertador") chamava de "Afirmativo Venezuelano". Arango, capitão compatriota, deixo aqui um grande abraço, para ti e para cada um dos outros! Estou com vocês. Viveremos e venceremos - concluiu.

San Justo: goleiro do Paraguai ganha status de santo após novo milagre


Goleiro quando começa a atuar bem em jogos decisivos logo ganha status de santo. E com Justo Villar não foi diferente. Destaque do Paraguai nesta Copa América, ele não só tem evitado os gols no tempo normal como também está atuando bem nas decisões por pênaltis. É por isso que o elenco já o apelidou de San Justo.

- San Justo é um goleiro que está fazendo uma ótima Copa América e estamos contentes se tê-lo no nosso time – declarou Edgar Barreto.

Nos três empates do Paraguai na fase de classificação, Justo Villar defendeu bem a equipe guarani. Mas foi nas quartas de final, contra o Brasil, que ele ganhou mais destaque. Salvou seu time no tempo normal, na prorrogação e nos pênaltis. O mesmo se repetiu na última quarta-feira, na semifinal contra a Venezuela.

- Acho que a equipe está com uma boa vibração. No outro dia aconteceu um milagre e dessa vez ocorreu novamente. É possível duas vezes, mas na terceira será difícil, certamente será diferente. Então temos que melhorar muito para não depender disso – opinou o camisa 1 do time guarani.

Ainda sem vencer uma partida, o Paraguai faz a final da Copa América no próximo domingo, contra o Uruguai, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

- A sensação é de alegria e de cansaço. Tomara que na próxima partida eu tenha menos trabalho e, como já disse antes, os atacantes tenham mais chances de marcar - comentou o goleiro, recém-contratado pelo argentino Estudiantes.

Duas vezes campeão da Copa América, em 1953 e 1979, o Paraguai tem cinco empates em cinco jogos nesta edição. O Uruguai, seu adversário na decisão, tem duas vitórias e três empates.

Diretor da Fina, sobre decisão do TAS no caso de Cielo: 'Não estou satisfeito'


Diretor-executivo da Federação Internacional de Natação (Fina), Cornel Marculescu não ficou satisfeito com o resultado do julgamento do caso de doping de Cesar Cielo. O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) manteve nesta quinta-feira a decisão da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) de apenas dar uma advertência ao campeão mundial e olímpico, flagrado por uso do diurético furosemida. A Fina, depois de não concordar com a CBDA, levou o caso ao TAS, sugerindo uma suspensão.

- Eu respeito a decisão do CAS – eles são o último recurso legal no esporte. Não estou satisfeito, mas acho que fizemos nosso trabalho - disse, em entrevista à agência "AP".

Nicholas Santos e Henrique Barbosa, que testaram positivo para a mesma substância, também receberam somente uma advertência, pena mínima em casos de furosemida - a máxima é de dois anos. Vinícius Waked, reincidente, foi suspenso por um ano, a contar a partir de maio, quando foram realizados os exames.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Adilson Batista já enche a bola de Rivaldo: 'Está correndo como menino'


Titular do São Paulo nas vitórias contra Cruzeiro e Internacional, quando teve boa participação e participou dos gols da equipe, o veterano Rivaldo poderá ter sequência com o técnico Adilson Batista, que efetivamente começará seu trabalho na manhã desta terça-feira. O novo comandante são-paulino encheu a bola do camisa 10 e até brincou, dizendo que pediria a receita do quindim, um dos pratos favoritos do pentacampeão, para manter a forma.

Questionado sobre a situação do jogador, Adilson não titubeou.

- O Rivaldo dispensa comentários. O São Paulo é mestre em trazer jogadores experientes e que contribuem muito em um grupo jovem como este. Já teve Alemão, Cerezo, Falcão, as voltas de Raí e Muller. A diretoria agiu corretamente em trazê-lo e eu já disse que quero a receita do quindim para ficar fininho como ele. Está correndo como um menino – afirmou.

A postura de Adilson traz alívio a Rivaldo, que sofreu nas mãos do ex-técnico Paulo César Carpegiani. Ele não gostava do camisa 10, tanto que o utilizou em apenas seis jogos como titular. Na maioria dos jogos, o deixou no banco de reservas e o colocava para jogar apenas poucos minutos.

Adilson não quis comentar o que era feito por Carpegiani e diz que tem de ser analisado apenas pelo seu trabalho.

- São critérios que a gente respeita, não cabe a nós ficar julgando se é parecido ou não. O Paulo tem a linha dele, eu tenho meu estilo de trabalho, meu pensamento e espero dar minha contribuição ao São Paulo – ressaltou.

Rivaldo não tem presença garantida na partida de sábado, contra o Atlético-GO, no estádio do Morumbi, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Isso porque Lucas voltou da Seleção Brasileira que disputou a Copa América e tem presença assegurada. Resta ver se Adilson mudará o esquema com três volantes (nesse caso, Souto e Wellington seriam os escolhidos) no meio ou deixará o veterano como opção no banco de reservas.

Campeã mundial, seleção japonesa é recebida pelo primeiro-ministro


A seleção feminina do Japão, que conquistou domingo o inédito título de campeã mundial ao bater os EUA na decisão, foi recepcionada por Naoto Kan nesta terça-feira em solenidade na residência oficial do primeiro-ministro, em Tóquio. Antes, a delegação já havia sido recebida com festa por milhares de pessoas, que a aguardavam no desembarque no Aeroporto de Narita, aproximadamente a 60km da capital nipônica.

Brincadeira ou não, Julio César já previa péssimo aproveitamento nos pênaltis


Brincadeira ou previsão? Não se sabe ao certo. Mas no dia 29 de junho, o goleiro Julio César já parecia saber qual seria o destino da Seleção Brasileira na Copa América. Após o primeiro treino de cobranças de pênaltis em Campana, na Argentina, o desempenho dos jogadores da equipe comandada por Mano Menezes foi bem abaixo do normal. Ao realizar o alongamento ao lado de uma das balizas e observar mais uma penalidade perdida pelo volante Elias, o arqueiro se dirigiu ao preparador Francisco Cersósimo e disparou.

- Se formos para os pênaltis nessa Copa América, nós estamos f... – disse o goleiro, que na época não se intimidou com a presença dos jornalistas atrás de uma das traves para dar tal opinião em um tom que era difícil saber se estava falando de brincadeira ou não.

Neste domingo, em La Plata, as palavras do goleiro mais pareciam uma premissa do que uma brincadeira. Diante do Paraguai, dos quatro pênaltis cobrados pela Seleção Brasileira, todos foram desperdiçados. Elano, André Santos e Fred chutaram para fora. Thiago Silva bateu na mão do arqueiro Villar, que fez a defesa. No fim, vitória dos guaranis por 2 a 0.

Durante as atividades em Campana, que começaram no dia 21 de junho, a Seleção Brasileira treinou cobranças de pênalti em três oportunidades. Em duas delas, os jogadores e goleiros usaram e abusaram das brincadeiras e das apostas sobre quem marcaria ou evitaria os gols. Apenas na véspera do confronto diante dos paraguaios, no último sábado, as penalidades tiveram um caráter mais sério.

Na atividade em que Julio César fez o comentário, além de Elias, Neymar também teve aproveitamento abaixo do esperado. Naquela ocasião, Elano e Daniel Alves foram os atletas com o melhor desempenho na atividade. Ironicamente, Elano, um dos melhores cobradores da Seleção, foi o primeiro a perder pênalti contra o Paraguai chutando a bola na arquibancada. Literalmente.

O técnico Mano Menezes tentou explicar o péssimo aproveitamento da Seleção na disputa por pênaltis na derrota para o Paraguai.

- As cobranças de penalidade máxima foram algo à parte, que merece cuidados e interferências. Os jogadores escolhidos tiveram bom desempenho nos treinamentos e ao longo de suas carreiras tiveram referências em momentos importantes. Não entendo que tenha faltado controle emocional – afirmou o treinador.

Na próxima semana, dia 25, Mano vai divulgar a lista de convocados para o amistoso contra a Alemanha, no dia 10 de agosto, em Stuttgart. A partida marcará a despedida de Michael Ballack da seleção germânica.

domingo, 17 de julho de 2011

Washington faz dois e Ceará atropela o América-MG de Antônio Lopes

O Ceará não tomou conhecimento do América-MG neste domingo, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, e goleou por 4 a 0, com dois gols de Washington, um de Fabrício e um de Felipe Azevedo. A boa atuação na partida válida pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro marca a ascensão do time comandado por Vágner Mancini. Já são três jogos sem derrota, com duas vitórias e um empate. Mas o mesmo não pode ser dito para a equipe mineira. O técnico Antônio Lopes estreou sem conseguir os sonhados três pontos, meta que foi conquistada pelo Coelho apenas na primeira rodada, contra o Bahia.

Com o resultado, o Ceará chega aos 14 pontos, na 9ª colocação, enquanto o América continua em 19ª, com seis. Na próxima rodada, o Vozão enfrenta o Flamengo, sábado, em Macaé. O Coelho encara o Figueirense, domingo, na Arena do Jacaré.

O primeiro tempo foi um verdeiro passeio do Ceará. Com bom toque de bola no meio e movimentação intensa pelas laterais, o time da casa jogava com maturidade e criava chances em sequência. Egídio era boa opção pela esquerda e João Marcos aparecia sempre com chutes de longa distância. O América, por sua vez, era uma presa fácil. Não conseguia trocar mais de três passes e os seus atacantes só assistiam ao jogo.

Do outro lado, no entanto, o gol parecia questão de tempo. Washington ainda perdeu boa chance antes de Fabrício abrir o placar aos 32 minutos. Após cobrança de falta, Michel desviou de cabeça e Fabrício, também de cabeça, tirou de Flávio para fazer 1 a 0. A empolgação da torcida, que já era grande, ficou ainda maior com os rabiscos de Osvaldo aterrorizando a zaga mineira. O Ceará era bem melhor e conseguiu ampliar aos 41. Thiago Humberto soltou uma bomba de fora da área, a bola explodiu no travessão e voltou limpa para Washington finalizar: 2 a 0.

Felipe Azevedo, com um minuto em campo, deixa a sua marca

O técnico Antônio Lopes tirou o inoperante Kempes, voltando para o segundo tempo com China. Mas as coisas estavam complicadíssimas para o América. Em vantagem no placar, o Ceará se deu ao luxo de relaxar e trocar passes com mais tranquilidade, ameaçando apenas de vez em quando, principalmente quando o estreante Egídio, cheio de disposição, era acionado.

Mas o outro lateral, Boiadeiro, também se destacava e dava muitos passes açucarados. Tanto que, aos 23, ele cruzou perfeitamente para Washington dominar no peito e, com muita calma, tocar para fazer 3 a 0.

O que era bom ficou ainda melhor aos 36. Em mais uma subida de Boiadeiro, o cruzamento saiu perfeito para Felipe Azevedo, que tinha acabado de entrar na vaga de Washington, fuzilar de primeira: 4 a 0.

Brasil dá vexame nos pênaltis, erra 4 cobranças e é eliminado pelo Paraguai

A Seleção Brasileira criou chances, dominou o Paraguai e teve sua melhor apresentação na era Mano Menezes, mas deu vexame na hora da decisão por pênaltis e está eliminada da Copa América: após perder as quatro cobranças que teve (Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred, assista no vídeo ao lado), o Brasil foi derrotado por 2 a 0 pelos paraguaios e caiu nas quartas de final do torneio neste domingo, em La Plata, depois de um 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.

Mais uma vez, a Seleção sai de uma competição nas quartas de final junto da Argentina. Na Copa do Mundo de 2006, os hermanos foram eliminados pela Alemanha e o Brasil em seguida caiu para a França. Em 2010, o time verde e amarelo tropeçou na Holanda e no dia seguinte os argentinos caíram de novo para Alemanha. Agora, no último sábado, a seleção de Messi e cia foi despachada pelo Uruguai, também nos pênaltis.

Classificado para as semifinais, o Paraguai espera o adversário do jogo entre Chile e Venezuela, ainda neste domingo, às 19h15m (de Brasíla), Quem vencer, encara o time guarani na quarta-feira, em Mendoza. A outra semifinal está definida entre Uruguai e Peru, terça-feira, em La Plata.

Seriedade verde e amarela

O semblante sério dos jogadores marcou a chegada dos jogadores da Seleção Brasileira a La Plata. Seriedade também foi a principal característica do time de Mano Menezes na primeira etapa. Sem abusar dos toques bonitos e com personalidade, o Brasil dominou o Paraguai. Mas faltou o gol.

Inicialmente, o bom toque de bola da Seleção Brasileira foi prejudicado pela enorme quantidade de areia no gramado. A situação, por alguns momentos, privilegiou o futebol de combate e de muitas faltas dos paraguaios. Só o que árbitro economizou nos cartões e deu só um amarelo para Vera.

Pela direita, pela esquerda, pelo meio... As opções apresentadas pelo Brasil foram muitas. Desde um chute de fora da área de Ramires aos três minutos, passando pelo voleio de Neymar aos seis minutos e também pela bom passe de Ganso para Robinho colocar Neymar na cara do gol aos 26. O garoto chutou para fora.

O mais importante é que diferentemente do empate por 2 a 2 entre as equipes na primeira fase, o Brasil teve mais personalidade e tomou conta do jogo – Julio César pouco teve trabalho com a camisa 1. E mais: os laterais Maicon e André Santos foram bastante acionados, abrindo mais espaços para os atacantes.

Foi pela esquerda, aliás, que o Brasil quase abriu o marcador aos 32 minutos. André Santos bateu falta para área e Lúcio finalizou da pequena área. Justo Villar salvou. Sete minutos depois, aos 39, Ramires colocou o lateral-esquerdo em boa condição, mas o camisa 6 pegou mal na bola.

O primeiro tempo terminou com empate sem gols, mas com a torcida brasileira animada com o bom futebol apresentado. O melhor até aqui na Copa América.

Show de gols perdidos e de defesas de Villar

Seguindo o mesmo ritmo, a Seleção Brasileira foi para cima do Paraguai. Só que a pontaria seguia sendo a vilã. Como no lance de Neymar aos três minutos. Ele perdeu o gol e depois Maicon chutou cruzado. Sem sucesso! Sufocado, o Paraguai viu que sua chance estaria nos contra-ataques. E tentou isso.

O futebol acelerado e ofensivo do Brasil, no entanto, impedia o time guarani de se arriscar mais. Impacientes, então, eles voltaram a abusar das faltas. O problema é que o time de Mano Menezes está carente de bons batedores. E na chance que teve aos nove, André Santos rolou para Maicon dar um chute horroroso, aos 12.

As seguidas chances perdidas começaram a deixar o Brasil nervoso. E a ansiedade do torcedor aumentava na arquibancada. A pressão constante da Seleção virou esporádica. E só aos 17 voltou a marcar presença. Maicon recebeu bem na intermediária e deixou para Robinho bater colocado para fora.

O próprio camisa 7, sentindo a torcida desanimada, fez o sinal com os braços pedindo apoio. E na sequência o Brasil teve uma importante chance com Ganso. O meia tabelou com Lúcio e bateu com categoria no canto esquerda de Justo Villa, que fez mais uma grande defesa na partida.

Justo Villa conseguiu frustrar os brasileiros mais uma vez aos 27 minutos, quando defendeu chute à queima-roupa de Pato, após cruzamento de Neymar, que preocupou ao cair no gramado sentindo dores. Mas o garoto voltou a campo. E voltou para tentar de cobertura aos 32. Mas nada feito. Justo Villa estava lá.

Aos 35, a primeira alteração do Brasil: Fred no lugar de Neymar. Parte da torcida não gostou e criticou. E ficou impaciente com o show de gols perdidos. Aos 36 minutos, Pato apareceu sozinho, se atrapalhou na finalização, mas ainda pegou o rebote e cabeceou para fora. Aos 38, Fred deu de cabeça e Barreto salvou na linha (veja no vídeo ao lado).

A pressão brasileira continuou, mas não teve jeito. A falta de pontaria e a tarde inspirada do goleiro paraguaio levaram a decisão para prorrogação.

E o drama continua...
Antes de a bola rolar para a prorrogação, uma cena legal por parte do time do Brasil. Todos os jogadores fizeram uma roda e abraçados conversaram com o técnico Mano Menezes, no centro do círculo. Só que os paraguaios estavam dispostos a esfriar a partida e deixaram o jogo lento.

Muito melhor na partida, o Brasil partiu para cima no ritmo das pedaladas de Robinho. Só que o cérebro verde e amarelo estava cansado: Ganso não aguentava mais e também não rendia o que se espera dele. Entrou, então, Lucas. Mas o clima esquentou aos 11 minutos entre Lucas Leiva e Antolin Alcaraz.

Os dois se estranharam em disputa na lateral e os dois times inteiros trocaram empurrões, mas só os pivôs da confusão foram expulsos. Ao final do primeiro tempo da prorrogação, o mesmo do jogo todo: pressão do Brasil, recuo do Paraguai e mais uma sequência de gols perdidos do time de Mano Menezes.

A cara dramática da partida só ficava mais evidente. Apesar da soberania brasileira dentro de campo, a demora pelo gol irritava e mantinha todos ansiosos. Ainda mais quando o Paraguai chegou com perigo em chute de Valdez, aos 12 minutos. Mas o 0 a 0, embora injusto, permaneceu e a decisão foi para os pênaltis.

Só que na disputa, o Brasil mostrou total despreparo: Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred foram lamentáveis em suas cobranças, e o Paraguai precisou de apenas dois gols, um de Barreto e outro de Estigarribia, para vencer e ir às semifinais da Copa América de 2011.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Arena passa por teste de segurança de grandes conflitos para a Copa

A Policia Militar do Paraná e o Corpo de Bmbeiros realizaram uma grande simulação de controle de distúrbios nesta quarta-feira, na Arena da Baixada, em Curitiba. A cidade é uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, e a operação é um dos preparativos para o evento. As atividades tiveram início na última terça-feira como um treino e foram complementadas nesta quarta.

Entre operações de rotina, como acompanhar delegações e autoridades até o estádio, também foram testadas situações de emergência, como ações antiterrorismo contra bombas, invasões de campo por torcedores e grandes conflitos, além de salvamentos.

O Bope (Batalhão de Operações Especiais) coordenou os trabalhos, onde até sequestros foram simulados, com ações nas arquibancadas, nos corredores e nas entradas do estádio.


Loco Abreu dá a solução para anular Lionel Messi: abatê-lo como animal

Pela Argentina, Lionel Messi não marca há 15 jogos oficiais. Mas é claro suas jogadas em velocidade, seus dribles desconcertantes e suas assistências preocupam, e muito, os jogadores do Uruguai. Depois de Lugano, Loco Abreu admitiu que não há uma forma conhecida para os uruguaios pararem o craque argentino no clássico deste sábado, pelas quartas de final da Copa América. Questionado sobre a tarefa, o ídolo da torcida do Botafogo brincou com os jornalistas e comparou o camisa 10 do time de Sergio Batista a um animal a ser abatido.

– Temos que “carneá-lo” – disse Loco Abreu, arrancando gargalhadas.

Os uruguaios usam a expressão "carnear" para o ritual de preparação da carne de animais - como bois ou ovelhas - para um churrasco, por exemplo. O termo se refere não só a matar o bicho, como também a sua limpeza (retirada de pele, sangue e órgãos).

A descontração foi um dos pontos fortes da coletiva – inclusive quando falou em bom português –, mas o atacante, que estreou na última segunda, ao substituir Diego Forlán nos minutos finais da vitória sobre o México, também mostrou seriedade. Loco citou o belo trabalho de marcação que fez a Colômbia no empate por 0 a 0 contra a Argentina, na segunda rodada da fase de grupos.

– Primeiro vamos aproveitar a oportunidade para jogarmos contra o melhor jogador do mundo – começou Loco Abreu, já jogando a pressão para o lado de Messi.

– Depois, temos que estar atentos aos adversários das primeiras rodadas, como a Colômbia, por exemplo. Eles marcaram muito bem, jogaram de forma compacta, não deram chances para ele ficar no mano a mano, e isso foi uma mostra clara do que o Uruguai tem que fazer – analisou Loco Abreu, que chegou para a coletiva ao lado do seu filho, Diego. A criança, inclusive, teve a oportunidade de falar no fim.

Série A: três jogos da 10ª rodada passam de domingo para quarta-feira

Classificado como primeiro colocado do Grupo A para a próxima fase da Copa América, a Seleção Brasileira vai enfrentar o Paraguai no próximo domingo, às 16h (hora de Brasília). Com isso, três jogos da 10ª rodada do Campeonato Brasileiro passam para quarta-feira: Palmeiras x Flamengo no Pacaembu, Botafogo x Corinthians em São Januário e Figueirense x Grêmio no Orlando Scarpelli. As partidas estão marcadas inicialmente para 19h30m, mas podem passar para 21h50m caso a Seleção seja eliminada no domingo.

O jogo Ceará x América-MG no Presidente Vargas continua domingo, mas passa de 16h para 18h30, mesmo horário de Inter x São Paulo no Beira-Rio e Cruzeiro x Bahia na Arena do Jacaré. As quatro partidas de sábado estão mantidas: Vasco x Atlético-PR em São Januário, Coritiba x Fluminense no Couto Pereira e Atlético-GO x Avaí no Serra Dourada, todos às 18h30, além de Santos x Atlético-MG na Vila Belmiro, às 21h.

Neymar e Pato acordam, Brasil bate Equador e se classifica em primeiro

Não foi fácil. O Brasil passou por sustos. A classificação aconteceu com doses de emoção. Mas finalmente Neymar e Alexandre Pato acordaram na Copa América. Com dois gols de cada um dos atacantes, a Seleção Brasileira fez o seu papel ao vencer o Equador por 4 a 2 nesta quarta-feira, no estádio Mario Kempes, em Córdoba, e garantiu o primeiro lugar no Grupo B do torneio. Caicedo, em duas falhas do goleiro Julio César, marcou para os rivais, que estão eliminados.

Mesmo com a bronca do capitão Lúcio e as mexidas do técnico Mano Menezes, que sacou Daniel Alves e Jadson para as entradas de Maicon e Robinho, o time canarinho ainda cometeu falhas e levou dois gols bobos. Com os mesmos cinco pontos da Venezuela, a Seleção avançou para as quartas de final como líder da chave e vai encarar o Paraguai, segundo melhor terceiro colocado, no domingo, às 16h (de Brasília), em La Plata.

Brasil e Venezuela empataram no número de pontos e no saldo (dois), mas a equipe de Mano levou a melhor no número de gols marcados (4 a 3). Com o segundo lugar, a Vinotinto vai enfrentar o Chile nas quartas, às 19h15m (de Brasília) também no domingo. As outras duas partidas serão no sábado: Colômbia x Peru (16h, de Brasília) e Argentina x Uruguai (19h15m, de Brasília).

Brasil mostra evolução com alterações, mas não balança a rede

As mudanças de Mano Menezes se mostraram corretas pelo menos nos primeiros minutos da etapa inicial diante do Equador. Sem o topete à la Pelé, Robinho parecia mais leve para tentar ajudar Neymar e Alexandre Pato no ataque. Maicon, substituto de Daniel Alves, cumpria muito bem a função pelo lado direito, principalmente no apoio e ajudando o Rei das Pedaladas pelo setor.

Outro ponto que chamou a atenção nos primeiros 15 minutos de jogo foi a troca de posição dos atacantes. Pato, Neymar e Robinho se alternavam pelos setores do ataque. O primeiro lance de perigo da Seleção surgiu pela direita. Lucas Leiva lançou para Maicon, que passou pelo adversário com o drible da vaca e cruzou. A defesa afastou o perigo.

A Seleção mostrava um futebol bem melhor do que nos dois primeiros jogos da Copa América. Apesar disso, a primeira chance clara de gol foi do Equador. Arroyo arriscou de fora da área e Julio César defendeu no meio do gol.

O Brasil mostrava uma saída de bola mais rápida para o ataque e a troca de posições aparecia com mais naturalidade. Ganso lançou para Pato na esquerda. O atacante cruzou para Neymar, mas a zaga apareceu antes para cortar o lançamento. A partir do meio do primeiro tempo, a Seleção parou. Os atacantes passaram ase mexer menos, guardando posição.

Pato abre o marcador, mas Julio César falha e Equador empata

Mas nada impediu a ótima jogada de André Santos. Aos 28, o lateral-esquerdo percebeu a entrada de Alexandre Pato e cruzou na cabeça do atacante, que invadiu na área na corrida e desviou para abrir o marcador. Na comemoração, vibração do lado de fora do campo e abraço empolgado de Neymar.

Paulo Henrique Ganso aparecia pouco no jogo. Ramires também errava muitos passes, dando oportunidades para o Equador puxar os contra-ataques. Aos 36, quase o segundo do Brasil. Maicon recebeu pelo lado direito e rolou para Robinho na entrada da área. O Rei das Pedaladas chutou de primeira e a bola bateu na trave.

No lance seguinte, Caicedo recebeu na entrada da área, aproveitou bobeada de Thiago Silva e soltou a bomba. Julio César caiu para defender, mas a bola passou por baixo do corpo do goleiro: 1 a 1.Frango no estádio Mário Kempes.

O gol mexeu com a Seleção. O time de Mano passou a errar as saídas de bola e se sentiu acuado com a marcação do Equador. Quase veio a virada no fim do primeiro tempo. Após contra-ataque, Arroyo recebeu pelo lado direito, cortou o marcador e chutou de canhota. Julio César saltou para salvar o Brasil. E o primeiro tempo terminava em um bom momento para a Seleção, que estava perdida em campo.

Neymar coloca o Brasil em vantagem no início da etapa final

A bronca de Mano no vestiário surtiu efeito. Logo aos quatro minutos, Ganso lançou para Neymar. A bola bateu em um defensor e sobrou novamente para o atacante, que chutou para colocar no Brasil novamente em vantagem.

O gol não intimidou o Equador. Mesmo em desvantagem, a equipe seguiu tentando chegar ao gol do Brasil. Em mais uma bobeada da marcação, Caicedo foi lançado na entrada da área, se posicionou e soltou a bomba. Julio César pulou atrasado e não conseguiu evitar o empate.
Diferentemente do primeiro tempo, a Seleção não deixou nem os rivais crescerem na partida.

Dois minutos após levar o empate, aos 15, Ganso roubou uma bola no meio-campo e tocou para Neymar. O jogador avançou pela direita e bateu cruzado. O goleiro Elizaga espalmou para a marca do pênalti, e Alexandre Pato chegou escorando entre os zagueiros para fazer o terceiro.

A Seleção seguiu melhor, principalmente pelo lado direito, com os apoios de Maicon, um dos melhores em campo. Aos 26, o lateral avançou até a linha de fundo e cruzou. Neymar apareceu em velocidade, se antecipou aos defensores e tocou para o fundo da rede: 4 a 2. Na comemoração, o garoto beijou as tatuagens com os nomes da mãe e da irmã nos pulsos.

A partir do quarto gol, Mano passou a mexer na equipe e a tirar suas principais peças. Praticamente ao mesmo tempo, o treinador sacou Ganso e Neymar e apostou nas entradas de Elias e Lucas. Em seguida, o comandou poupou Pato e colocou Fred, talismã do empate por 2 a 2 com o Paraguai, no último sábado. Após o apito final, festa e classificação suada para próxima fase do torneio continental.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Messi agradece carinho da torcida e afirma: ‘Agora começa outra Copa’

Ele passou em branco, não fez gol, mas ainda assim foi o grande destaque. Bastava aumentar um pouco o volume da televisão para ouvir os apaixonados cantos da torcida argentina, acabando com o mito de que ele não é querido no país: "Ole, ole, ole, ole, Messi... Messi".

Escolhido craque do jogo no estádio Mario Kempes após a vitória argentina sobre a Costa Rica por 3 a 0, Lionel Messi agradeceu o carinho da torcida que cantou seu nome antes, durante e depois do triunfo que colocou os hermanos nas quartas de final da Copa América. Em rápida entrevista coletiva, o camisa 10, disse que precisava do apoio.

- Agradeço ao povo de Córdoba pela maneira que nos tratou. Sentia falta desse carinho – disse Messi, autor de duas assistências para gols de Agüero e Di María.

Além do carinho, a Argentina precisava mesmo era dos três pontos e da motivação que um resultado positivo traz. E conseguiu. Agora, segundo o craque, tudo vai ser diferente.

- Nós mais do que nada precisávamos de uma vitória assim. Agora começa outra Copa – salientou o craque que, depois, passou com a cara amarrada pelos jornalistas e foi direto para o ônibus que esperava a delegação argentina.

Números impressionantes do camisa 10

Gols? Nenhum. Mas foi só nesta estatística que Lionel Messi ficou devendo - se é que pode se falar isso. Até porque o camisa 10 quase não finalizou na partida: foram só dois chutes a gol, dos 17 que deu a seleção argentina. No resto, ele deu um show. Dos três tentos da equipe, duas assistências do melhor do mundo - além de muitos passes para companheiros que desperdiçaram ótimas chances de gol, principalmente Higuaín. Messi ainda acertou incríveis 94% dos passes que tentou (65 toques precisos, com apenas quatro erros).

- Messi jogou uma tremenda partida. Hoje brilharam ele e também a equipe. As pessoas as vezes se esquecem que os adversários também jogam e esperam que tenhamos partidas fáceis, mas isso é normal. Tivemos muita personalidade e merecemos o resultado - analisou o técnico Sergio Batista, que por sua vez, não conta tanto com o carinho dos torcedores assim.

Imprensa mundial rasga elogios a Messi e Agüero

E o mundo, como de costume, se rendeu ao talento de "La Pulga". Especialmente, é claro, os jornais argentinos e catalães. No "Olé", em sua versão impressa, mais destaque para Agüero, "Kun para cima", já que ele marcou dois gols, mas no site, a manchete é com "Leo": "Messi é o Meu 10". No "Sport", da Catalunha, mais elogios ao camisa 10: "Messi devolve o sorriso à Argentina". No "Mundo Deportivo", também da cidade do clube culé, "Recital de Agüero e Messi".

Até na Inglaterra a atuação do jogador ganhou repercussão. O "The Guardian" diz que o "Brilhante messi reencontrou sua melhor forma". O "Marca", de Madri, famoso por "ser mais Real do que Barcelona", foi outro que exaltou o talento do atacante com uma manchete curiosa: "Messi ressuscita com a Argentina".

Julio César endossa recado de Lúcio e diz que os inteligentes vão entender


Julio César endossou as cobranças feitas por Lúcio na Seleção Brasileira. Em entrevista coletiva na última segunda-feira, o zagueiro pediu mais comprometimento ao grupo e deu um recado dizendo que “o símbolo da camisa do Brasil é mais importante que o nome atrás dela”. Companheiro do camisa 3 no Inter de Milão, o goleiro acredita que os inteligentes captaram a mensagem.

- O Lúcio merece todo o respeito. Ele é o capitão da Seleção Brasileira, disputou três Copas do Mundo, ganhou uma delas (em 2002), completou 100 jogos pelo Brasil recentemente e é o melhor para falar sobre o grupo. Recebemos bem a mensagem. E aqueles que forem inteligentes, e eu me incluo nisso, não vão deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro – comentou Julio César.

Um dos principais líderes da Seleção Brasileira na era Dunga e com o mesmo posto na era Mano Menezes, o goleiro aproveitou também para avisar que o recado de Lúcio não foi direcionado a alguns jogadores específicos. Citou até mesmo os mais jovens e recém-chegados Neymar, Paulo Henrique Ganso e Lucas.

- Vou deixar bem claro aqui que as palavras do Lúcio não foram para molecada. Até porque aqui não tem moleque. São todos jogadores cascudos, vencedores. Ninguém está puxando a orelha de Neymar, Ganso ou Lucas, que são os mais novos. Aqui estão todos no mesmo barco e não existe hierarquia no grupo – acrescentou.

É fato, porém, que as expectativas em cima da dupla santista, formada por Neymar e Ganso, eram grandes. E como os dois ainda não se acharam na Copa América, a cobrança tem sido maior. Só que Julio César quer a divisão de responsabilidades.

- Ninguém no grupo está jogando a responsabilidade para cima de alguém. Os mais novos têm a mesma responsabilidade que os mais velhos e os mais velhos têm a mesma dos mais novos. Todo mundo é igual – finalizou o goleiro brasileiro.

Com dois empates nas duas primeiras rodadas, contra Venezuela e Paraguai, a Seleção Brasileira encara o Equador nesta quarta-feira, às 21h45m, em Córdoba, precisando de uma vitória para avançar às quartas de final sem depender de outros resultados, o que aconteceria em caso de empate.

Guangzhou apresenta Conca com a presença de mais de 100 jornalistas

Depois de ter sido recebido por dezenas de torcedores em sua chegada à China, o meia Conca, ex-Fluminense, foi apresentado oficialmente ao Guangzhou Evergrande nesta terça-feira, em um evento que contou com a presença de mais de 100 jornalistas, segundo informações do site oficial do clube.

O argentino, que receberá US$ 7 milhões (R$ 10,9 milhões) por ano, de acordo com a imprensa local, jogará com a camisa 15. Na coletiva de imprensa, o jogador garantiu que não terá problemas de adaptação ao país asiático.

- Acredito que posso viver muito bem na China. Entendo que o futebol no país está ficando cada vez melhor, há bons jogadores como Muriqui, e espero ajudar no desenvolvimento do futebol chinês. Vou trabalhar duro para jogar e retribuir o carinho do clube e da torcida - afirmou.

'Irritada', Hope Solo acusa brasileiras de conduta antidesportiva no Mundial

A musa da Copa do Mundo Feminina de Futebol, Hope Solo, vibrou bastante com a classificação da seleção dos Estados Unidos para a semifinal da competição ao eliminar o Brasil, nos pênaltis, em partida inacreditável nas quartas. No entanto, não foram apenas palavras de felicidade que Solo falou após o jogo. Ela também se mostrou bem irritada com diversos aspectos da partida.

Em declarações reproduzidas pelo site da rede de tv americana "NBC", Hope disse que teve que se controlar bastante para não perder a cabeça durante a partida. Os motivos? Arbitragem polêmica e conduta antidesportiva das brasileiras.

- Você pode estar em um jogo como esse e perder o foco por causa de suas emoções. Eu estava muito irritada com o juiz, com as brasileiras, que não tinham nenhum espírito esportivo, mas sabia que ainda havia possibilidade de conseguirmos a vitória, então me controlei, fiquei calma e acabei ajudando minha equipe a vencer a partida. Agora, queremos o título e vamos buscar a vaga na final - disse.

Hope foi o grande nome da vitória americana sobre o Brasil no último final de semana. Ela fez grandes defesas durante o jogo, pegou um pênalti no tempo real, mas a arbitragem mandou anular a cobrança - o que a deixou bastante nervosa -, e depois defendeu a cobrança de Daiane, que garantiu a classificação aos Estados Unidos.

domingo, 10 de julho de 2011

Do favoritismo a calculadora: Brasil, Argentina e Uruguai correm risco

Apontados como favoritos ao título da Copa América antes do início do torneio, o trio Brasil, Argentina e Uruguai corre o risco de nem passar de fase. Das 12 seleções que disputam a Copa América, oito se classificam para as quartas de final. No entanto, apesar da situação complicada, os campeões mundiais ainda dependem das próprias forças para se garantirem vaga. Veja abaixo a situação de cada um a uma rodada do fim da etapa de grupos.

Brasil

Após o suado empate com o Paraguai, a seleção de Mano Menezes chegou aos dois pontos (terceiro lugar) no Grupo B e precisa da vitória simples diante do Equador (lanterna, com um ponto) na próxima quarta-feira para se garantir nas quartas de final. No entanto, não necessariamente em primeiro lugar. Com quatro pontos, a líder Venezuela encara o terceiro colocado Paraguai (dois).

No caso de um empate diante dos equatorianos, a calculadora começa a entrar em ação. As opções são as seguintes: Se a Venezuela vencer o Paraguai, o Brasil se classificaria em segundo lugar (faria três pontos). Se a Vinho Tinto empatar, tudo terá que ser definido no saldo de gols, gols a favor e, até mesmo, em um sorteio - como está previsto no artigo 5 do regulamento da Copa América - para definir quem será segundo e quem será terceiro. No momento, Brasil e Paraguai estão empatados em todos os critérios.

Caso o Paraguai vença, a seleção canarinho teria que ver a pontuação dos outros grupos para ver se entraria como o melhor (ou segundo melhor) terceiro colocado de todas as chaves.

Uma fatídica derrota para o Equador eliminaria o Brasil.

Jogos restantes do Grupo B - Quarta-feira
Brasil x Equador
Paraguai x Venezuela

Argentina

Com saldo zero e apenas um gol marcado, o selecionado argentino estaria eliminado se a Copa América terminasse hoje. Apesar desse cenário trágico, os hermanos, com dois pontos, precisam vencer a Costa Rica (vice-líder do Grupo A com três) na segunda-feira para se garantirem nas quartas. Para entrar como primeiro colocado, os anfitriões necessitam que a Bolívia (última colocada com um ponto) vença ou empate com a líder Colômbia (quatro) neste domingo.
Se empatar, a Argentina estaria eliminada no caso de vitória da Bolívia. Mas se a seleção de Marcelo Moreno e companhia não bater os colombianos, argentinos também pegariam a calculadora para tentar entrar como o primeiro ou segundo melhor terceiro colocado de todos os grupos. Além das contas, também teriam que torcer para Uruguai, Paraguai e Brasil não vencerem.

No caso de uma derrota, os hermanos precisaram torcer por derrotas de Bolívia, Brasil e Paraguai por uma diferença de gols maior do que o seu revés.

Jogos restantes do Grupo A:
Colômbia x Bolívia (domingo)
Argentina x Costa Rica (segunda-feira)

Uruguai

Assim como Brasil e Argentina, o Uruguai, que empatou suas duas primeiras partidas na Copa América, precisa só do seu próprio resultado para passar de fase. O adversário também ajuda: a já desfalcada seleção sub-23 do México, que não somou um ponto sequer. No entanto, a boa notícia acaba por aí.

Em caso de empate, as contas do Uruguai seriam mais complicadas do que as de brasileiros e argentinos, uma vez que Chile e Peru, ambos com quatro pontos na liderança do Grupo C, se enfrentam na última rodada. Ou seja, qualquer resultado entre os dois deixaria o Uruguai com três pontos (terceiro lugar) e dependendo dos resultados das chaves A e B.

Se perder, o Uruguai nem precisa pegar a calculadora. O time de Forlán, Lugano e companhia estaria eliminado, uma vez que o México chegaria a três, ocupando o terceiro lugar e deixando a Celeste na última posição.

Jogos restantes do Grupo C (terça-feira):
Chile x Peru
Uruguai x México

Venezuela bate Equador e assume a ponta do grupo de Brasil e Paraguai

Ao Brasil, adversário do Equador na última rodada do Grupo B da Copa América, a impressão é de que o “pior” já passou. Em outra partida pobre tecnicamente e sem muitas emoções, a Venezuela fez valer da sua ligeira superioridade e derrotou os equatorianos, por 1 a 0, neste sábado, no Estádio Padre Ernesto Martearena, em Salta. O meia César González, em bonito chute de fora da área, foi o autor do único gol do jogo.

O resultado deixa os venezuelanos na liderança da chave, com quatro pontos, e a um empate com o Paraguai, quarta-feira, às 19h15m (de Brasília), também em Salta, para garantir a vaga nas quartas de final sem depender de outros resultados. Os equatorianos, com apenas um ponto, precisam derrotar a Seleção Brasileira na sequência, às 21h45m, em Córdoba, para avançarem de fase.

Ligeira superioridade venezuelana

O primeiro tempo foi notoriamente de pouco futebol no Padre Ernesto Martearena. Mas dentro da pobreza técnica, a Venezuela se superou na base da vontade e conseguiu ameaçar o gol equatoriano com perigo em três oportunidades.

A primeira chance veio logo aos seis minutos, quando Arango deixou para Cichero, que concluiu bem. Elizaga deu rebote e Fedor não aproveitou. Aos 12, foi a vez de Maldonado se lamentar ao receber de Fedor e chutar para fora.

Na bola parada, Vizcarrondo quase abriu o placar em escanteio aos 32, mas ficou por aí. Mas o lance que causou maior tensão aconteceu pouco antes, aos 22, quando Perozo se machucou e precisou receber atendimento. Ele cortou o supercílio em cotovelada involuntária de Caicedo.

Bonito gol dá vitória à seleção vinotinto

A Venezuela voltou no mesmo ritmo: ligeiramente melhor. Sem esboçar um pressão, mas aproveitando vacilos da defesa do Equador, a seleção vinotinto chegou ao seu gol em pouco tempo. González, que já havia assustado em finalização aos quatro minutos, abriu o placar aos 16, em chutaço de longe. Elizaga, destaque na estreia diante do Paraguai, ficou imóvel.

O Equador acordou e foi para cima para não depender exclusivamente de um triunfo contra o Brasil na última rodada. Aos 31, Caicedo recebeu a bola na área e chutou para a defesa de Veja. Quatro minutos depois foi a vez de Benítez obrigar o arqueiro a mandar a bola para escanteio com os pés. Mas não foi o suficiente.

Fred marca aos 44 do segundo tempo e evita derrota contra o Paraguai

O sorriso de Larissa Riquelme sempre encantou os brasileiros. Mas neste sábado, a alegria da musa contrastou com a decepção e a péssima atuação da Seleção comandada por Mano Menezes. No Estádio Mário Alberto Kempes, em Córdoba, a equipe canarinho conseguiu um empate de 2 a 2 com o Paraguai graças a um gol heroico de Fred aos 44 minutos do segundo tempo. O time de Mano Menezes agora terá que vencer o Equador, quarta-feira, para se classificar para as quartas de final da Copa América sem depender de outros resultados.

Barrado, Robinho assistiu ao jogo do banco de reservas. Preterido por Mano para a entrada de Jadson, ele chegou até a aquecer, mas sequer entrou em campo. O antes inquestionável Neymar deixou o gramado vaiado. E, pela quarta vez consecutiva, os torcedores pediram pela entrada de Lucas, o que só ocorreu no segundo tempo. Até faixa para Marta foi exibida no Mário Kempes, que ainda ouviu gritos de "olé" da torcida guarani. Jadson abriu o placar para a Seleção, e Roque Santa Cruz e Valdez marcaram para os paraguaios (veja galeria de fotos da partida).

Com o empate, Brasil e Paraguai somam dois pontos e dividem a vice-liderança provisória do Grupo B. Quem está na ponta é a Venezuela, que derrotou o Equador, por 1 a 0, em Salta, no complemento da rodada, também neste sábado.

Na próxima quarta, a Seleção encara o Equador novamente em Córdoba, às 21h45m (de Brasília), na última partida da primeira fase da Copa América. O Paraguai enfrenta a Venezuela, pouco antes, às 19h15m, em Salta. A última vez que o Brasil não conseguiu vencer nas duas primeira rodada da Copa América foi há 18 anos, em 1993: 0 a 0 com Peru (18/06/93) e 3 a 2 para o Chile (21/06/93).

Com Jadson na vaga de Robinho, Seleção começa mal etapa inicial em Córdoba

A Seleção entrou em campo com uma surpresa de Mano Menezes. Jadson na vaga de Robinho. Com o apoiador do Shakhtar Donestsk, o esquema saiu do 4-3-3 para o 4-4-2. Mesmo com a alteração, o time começou mal a partida, perdido em campo. Percebendo tal situação, o Paraguai quase abriu o marcador aos 2 minutos. Barrios lançou para Roque Santa Cruz já dentro da área. Da marca do pênalti e de frente para Julio César, o atacante errou feio o gol.

Santa Cruz, por sinal, não balançava a rede desde maio de 2010 em um amistoso do Paraguai contra a Coreia do Norte antes da Copa da África do Sul. Após o lance, a Seleção Brasileira seguiu errando passes, precipitando jogadas. A partir dos dez minutos, os zagueiros tentaram o artifício de explorar a velocidade de Alexandre Pato. Outro pouco inspirado no jogo.

A primeira chance clara da Seleção só aconteceu aos 19. Ganso tocou para Jadson na entrada da área, que tocou de primeira para Pato. O atacante recebeu na marca do pênalti e tentou driblar Villar, que se recuperou e tocou na bola no momento do chute. No banco, Mano mostrava insatisfação com mais um lance perdido. O camisa 10 da Seleção, por sinal, tinha lampejos. Ora com boas jogadas, ora com passes no fogo para os companheiros.

Torcida pega no pé de Jadson, que abre o placar para o Brasil

A partir dos 25, os torcedores brasileiros no Estádio Mario Kempes passaram a pegar no pé de Jadson. A cada toque na bola do apoiador, vaias. Os gritos de Lucas começaram a ecoar na arquibancada. Até mesmo o nome da atacante Marta, destaque da Seleção Brasileira feminina que disputa a Copa do Mundo na Alemanha foi gritado.

- Olê, olê, olê, olá, Marta, Marta – gritavam os torcedores.

E Jadson parecia sentir as vaias. Aos 32 levou cartão amarelo após entrada dura na intermediária de ataque. Cinco minutos, ele poderia até ter sido expulso pelo árbitro Wilmar Roldan após derrubar Barrios em um contra-ataque paraguaio. Novas vaias e gritos por Lucas ecoaram no estádio de Córdoba.

Mas o futebol dá voltas. Aos 39, Jadson recebeu de Ganso na entrada da área e bateu forte à direita de Villar: 1 a 0 Brasil. Na comemoração, o jogador desabafou, colocou a mão no ouvido, pedindo uma reação positiva dos torcedores que o vaiaram durante a etapa inicial. O tento foi o primeiro de fora da Copa América.

Na tribuna de imprensa, o analista de desempenho, Rafael Vieira, membro da comissão técnica de Mano, socava à mesa a sua frente em sinal de desabafo, comemorando o gol do apoiador.

Mesmo com o resultado positivo após o fim do primeiro tempo, Mano deixou o gramado ouvindo os gritos de burro de um grupo de torcedores inconformados com a escalação da Seleção

Com cartão amarelo, Jadson é substituído no intervalo

Na volta para o segundo tempo, Mano optou por sacar Jadson, que havia levado o amarelo e poderia ter sido expulso antes do gol. O comandante optou pela entrada de Elano. O trio campeão da Libertadores pelo Santos estava formado, com o meia, Paulo Henrique Ganso e Neymar. Com eles, o Brasil passou a explorar os contra-ataques. Mas o Paraguai não estava morto. E um goleador adormecido acordou.

Santa Cruz recebeu sozinho ótimo passe de Barrios já dentro da área e bateu à direita de Julio César,que nada pôde fazer. O goleador acabou com o jejum de mais de um ano sem balançar a rede e se tornou o maior goleador de sua seleção, com 25 tentos, ao lado de Saturnino Cardozo. Festa da modelo Larissa Riquelme, que estava no estádio acompanhando a partida, e dos torcedores paraguaios, maioria em Córdoba.

Logo após o gol, os gritos por Lucas voltaram a ecoar no estádio. Mesmo assim, o jogador do São Paulo seguia no aquecimento. Em campo, o maestro de Mano, Paulo Henrique Ganso, desafinava. Acertava pouco. Os passes não eram precisos, os dribles não funcionavam. Neymar também não conseguir repetir as boas atuações do Peixe.

Neymar perde gol, Valez não perdoa: 2 a 1 Paraguai. Fred empata no fim

O ataque da Seleção seguia sem pontaria. Nervosismo? Aos 20, Neymar pareceu não saber o que fazer com a bola. Ganso fez um lindo lançamento para o atacante, que ficou de frente para Villar. Em vez de finalizar de canhota, o camisa 11 preferiu chutar de direita e errou o alvo, deixando o arqueiro paraguaio evitar o segundo tento canarinho.

Na sequência, o Paraguai aproveitou mais uma falha da defesa brasileira para virar o jogo. Aos 22, Haedo Valdez recebeu dentro da áream chutou para defesa de Julio César, mas deu sorte de a bola bater em seu corpo antes de morrer no fundo do gol: 2 a 1. Com a desvantagem no placar, Mano atendeu o pedido da arquibancada e sacou Ramires para a entrada de Lucas. A Seleção seguiu mais perdida do que na etapa inicial, errando muitos passes.

Enquantos os brasileiros buscavam o empate, os paraguaios tocavam a bola. Em outros tempos impensável, os gritos de olé eram a favor dos rivais canarinhos e não do time de amarelo. No fim, Fred amenizou mais um tropeço da Seleção. Aos 44, o jogador recebeu passe dentro da área, girou e chutou sem chance para Villar. Tudo igual em Córdoba.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Costa Rica bate a Bolívia e vai pegar Argentina com vantagem do empate

Zebra do Grupo A da Copa América, a Costa Rica venceu a Bolívia por 2 a 0 nesta quinta-feira, em Jujuy, e assumiu a segunda posição da chave, agora com três pontos. Na próxima segunda-feira, a seleção da Concacaf encara a anfitriã Argentina, que está em terceiro lugar, com dois. Um empate põe a Costa Rica na segunda fase (garantiria ao menos o segundo lugar no grupo).

Pelo regulamento da Conmebol, os dois primeiros colocados de cada grupo e os dois melhores terceiros avançam para as quartas de final. Se vencer o jogo, a Argentina assegura pelo menos a segunda posição e se classifica. No entanto, em caso de empate, os hermanos correm sério risco de não ficar nem sequer entre os dois melhores terceiros colocados (terão na melhor das hipóteses de secar rivais das outras duas chaves). A Colômbia lidera o Grupo A com quatro pontos e encara a lanterna Bolívia (um) na última rodada (jogo é no domingo).

Os gols da Costa Rica, que disputa o torneio como convidada e tem uma seleção formada quase toda por atletas sub-23, foram de Martinez e Joe Campbell. A missão costarriquenha ficou mais fácil pelas expulsões de Rivero e Walter Flores no segundo tempo.

A rede só balançou em Jujuy na etapa final. Aos 14, Guevara driblou um rival na entrada da área e bateu bem, o goleiro Arias deu rebote e Martinez aproveitou: 1 a 0. Onze minutos depois, Mora chutou e Rivero usou o braço para evitar que a bola entrasse: pênalti e expulsão. Guevara cobrou mal, Arias defendeu, Guevara tentou de novo e o goleiro salvou a Bolívia mais uma vez.

A situação boliviana piorou aos 30, com nova expulsão, agora de Flores. Três minutos depois, o segundo gol: principal revelação costarriquenha, Joel Campbell, que já havia acertado a trave, recebeu pela esquerda da área e bateu cruzado, sem defesa para Arias.

Na comemoração dos gols, os costarriquenhos exibiram uma camisa 20 em homenagem ao zagueiro Dennis Marshall, que morreu pouco antes do início da Copa América em um acidente de carro em San José.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Neymar: 'Com trabalho, vou buscar o status do Messi. Hoje, ele é o topo'

Neymar só não é o principal nome da Copa América da Argentina porque Lionel Messi também está na competição. Atual melhor do mundo e craque do Barcelona, o argentino é o único capaz de fazer o brasileiro ficar em segundo plano até aqui. A comparação entre eles, por sinal, é inevitável.
É assunto a todo momento, especialmente agora que o craque do Santos está na mira do Real Madrid, principal rival do Barcelona de Messi, considerado o melhor time do mundo na atualidade. Seja por parte da imprensa local, dos jornalistas brasileiros ou dos espanhóis, quando Neymar está nas coletivas, o nome de Messi sempre vem à tona.
Embora fuja do assunto Real Madrid, tentando manter o foco na Seleção Brasileira e na disputa do Mundial de Clubes da Fifa pelo Santos, Neymar não se esquiva quando tentam compará-lo com Messi. O jogador argentino conta com a admiração da jovem promessa brasileira, que gosta de ser comparado a La Pulga.
- O Messi é o melhor de todos, está acima de todo mundo. Só fico feliz de ser comparado com ele e com muito trabalho vou conquistar o status do Messi. Hoje ele é o topo – declarou o atacante da Seleção Brasileira.
Assim como Messi na seleção argentina, Neymar é a principal esperança do Brasil nesta Copa América. Os dois são o centro das atenções. E, por isso, carregam também uma pressão maior nesta Copa América.
- Pelo momento dos dois, pelo o que nós dois estamos fazendo nos clubes, vem a cobrança na Copa América. Não tenho problema nenhum com cobrança, já estou há quase três anos como profissional e não sinto peso nenhum - garantiu o atacante.
A responsabilidade maior está sobre os ombros dele e do também santista Paulo Henrique Ganso. A presença dos dois na Copa do Mundo de 2010 foi cobrada, mas eles não foram e viraram os xodós da era Mano Menezes.
- Não podemos carregar essas individualidades de responsabilidade. Se isso acontecer pode ser prejudicial para o time - comentou Daniel Alves
Depois de empatar por 0 a 0 com a Venezuela, na estreia da Copa América, em La Plata, a Seleção Brasileira encara o Paraguai, sábado, às 16h, em Córdoba.

Sub-17: garotada luta bastante, mas cai para o Uruguai e está fora da final

A Seleção Brasileira sub-17 pressionou, acertou o travessão e parou várias vezes nas mãos do goleiro Cubero, mas não conseguiu balançar a rede e está fora da final do Mundial da categoria no México: o Uruguai venceu a garotada do técnico Émerson Ávila por 3 a 0 nesta quinta-feira, em Guadalajara, e se classificou para decidir o torneio pela primeira vez em sua história.
A final será no próximo domingo, às 20h (de Brasília), contra o vencedor de Alemanha x México, confronto que será realizado às 20h (de Brasília) desta quinta. O Brasil, que lutava pelo quarto título da competição, disputará o terceiro lugar no domingo às 17h (de Brasília), na Cidade do México.
Desfalcada do camisa 10 Adryan, meia do Flamengo que marcou três vezes no torneio e estava suspenso, a Seleção fez uma boa partida e criou muitas chances, mas o Uruguai contou com um dia inspirado do goleiro Cubero, responsável por parar o ataque brasileiro. Alvarez,  de pênalti aos 20 minutos do primeiro tempo, San Martin, aos 27 do segundo, e Mendez, já aos 50 da etapa final, marcaram para a Celeste.
Celeste aposta no contra-ataque e marca
 Logo no primeiro minuto de jogo, o Uruguai acertou um belo contra-ataque e quase abriu o placar em linda jogada de Moreira: após chute do goleiro Cubero para a frente, o camisa 6 deu um chapéu em Emerson, entrou na área brasileira e chutou cruzado rente à trave esquerda de Charles.
O Brasil só “acordou” aos 13. Lucas Piazon tabelou com o colega são-paulino Ademilson, driblou um rival e ficou cara a cara com Cubero, mas demorou demais para concluir, cruzou e a defesa tirou. Três minutos depois, Ademilson também quase fez um golaço: deu um chapéu em Velázquez e chutou por cima, perto do travessão.
Em mais um contra-ataque, a Celeste abriu o placar. Charles deu rebote na área após chute de fora da área, se atrapalhou ao tentar afastar o rebote e fez pênalti em Aguirre. O goleiro poderia ter sido expulso, mas nem recebeu cartão. Aos 20, Alvarez cobrou no meio do gol e o goleiro brasileiro ainda tocou na bola, mas ela entrou: 1 a 0 para os uruguaios.
Dois minutos depois, Wallace cobrou falta com categoria no travessão, assustando Cubero. Aos 26, Lucas Piazon tentou de cabeça e o goleiro defendeu. Aos 33, Velázquez deu uma entrada violenta em Léo, que saiu de maca do gramado (retornou pouco depois), mas o árbitro nem deu cartão amarelo. O Brasil pressionava, mas não conseguia balançar a rede.
 Brasil pressiona, pressiona... e Uruguai faz o segundo gol
A Seleção retornou para o segundo tempo com o meia-atacante Nathan no lugar do volante Misael e continuou na pressão. Aos dois minutos, Ademilson tabelou com Lucas e chutou de longe com perigo, mas Cubero defendeu.
Aos 11, um lance inusitado: Aguirre quebrou a bandeira do escanteio e o jogo ficou alguns minutos parados até o conserto. Com a bola rolando, mais pressão da garotada brasileira e trabalho para Cubero.
A decisão da vaga na final acirrou a rivalidade e aos 18 os jogadores quase brigaram após uma falta para o Brasil. Depois do empurra-empurra, Guilherme fez a cobrança e Ademilson quase marcou, chutando por cima da baliza.
 Cubero voltou a brilhar aos 23, quando Nathan subiu sozinho na marca do pênalti e tocou forte de cabeça para a defesa do uruguaio. Um minuto depois, Wallace arriscou de longe e obrigou o camisa 1 da Celeste a pegar em dois tempos, no susto.
A pressão brasileira não intimidou o Uruguai, que conseguiu ampliar aos 28: Mendez entrou trombando pela defesa brasileira, tentou o chute e foi bloqueado, a bola ficou com San Martin, que bateu cruzado da direita sem defesa para Charles. Uruguai 2 x 0 Brasil.
Tendo que marcar duas vezes para levar para os pênaltis, a garotada brasileira continuou pressionando, mas o Uruguai se fechou bem. Aos 41, jogada polêmica: a bola bateu na mão de um defensor da Celeste dentro da área e o árbitro não marcou pênalti, para reclamação geral da Seleção. Era a última chance de uma reação, que ainda sofreu outro golpe: já nos acréscimos, aos 50, Mendez recebeu sozinho na área após mais um contra-ataque rápido uruguaio e fechou a vitória em 3 a 0. O fim do sonho do tetra para a garotada brasileira.