quarta-feira, 23 de maio de 2012

Brasil perde para a Argentina por 111 a 0 no Sul-Americano de rúgbi

MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO A seleção brasileira de rúgbi não enfrentava a equipe principal da Argentina há 19 anos. No reencontro, nesta quarta-feira, os argentinos fizeram 111 a 0 no Brasil, mesma diferença do placar no último confronto (114 a 3), em 1993. Rúgbi evolui e torna-se a segunda modalidade mais popular do mundo A partida disputada no formato com 15 jogadores (o mais famoso, como na Copa do Mundo da modalidade) foi válida pela segunda rodada do Sul-Americano, disputado em Santiago, no Chile. Na estreia, os brasileiros (chamados de Tupis) perderam para o Chile por 19 a 6.
"A Argentina é uma das maiores potências do mundo. Possuem 65.000 jogadores na Província de Buenos Aires e tem jogadores profissionais espalhados pelo mundo afora. Os Pumas são top-10 do mundo há décadas", explica o presidente da CBRu (Confederação Brasileira de Rugby), Sami Arap Sobrinho. "Em campeonatos sul-americanos, justamente pela diferença técnica em relação aos demais países, a Argentina mandava seleções B, C ou provínciais (todas equipes, muito fortes), para propiciar jogos nivelados com as demais seleções", completa o dirigente brasileiro. Os argentinos (conhecidos como Pumas) são profissionais e estão entre os melhores do mundo. Atualmente a seleção é a sétima do ranking mundial (o Brasil está em 34º). Foi terceira colocada na Copa do Mundo de 2007, e caiu nas quartas em 2011. Segundo o presidente da CBRu, ano passado, a Federacao Internacional "recomendou" que a Argentina e os demais países sul-americanos usassem suas melhores seleções em torneios custeados pela entidade. Por isso, esse ano, a Argentina utilizou sua equipe profissional (Pampas) que atua na África do Sul, reforçada por jogadores que estavam na Europa. "Jogar contra os Pumas A é o mesmo que colocar uma equipe universitária brasileira de basquete jogar na NBA contra o New York Knicks", comparou. "Obviamente, não auxilia o desenvolvimento do rúgbi na América do Sul pois a diferenca técnica é brutal. O plano de alto rendimento da CBRu é de longo prazo e trabalharemos com técnicos neozelandeses (os melhores do mundo) para diminuir essa diferença em um prazo de 10 anos". Este é o primeiro torneio dos treinadores neozelandeses Scott Robertson e Brent Frew à frente da seleção brasileira. A Nova Zelândia, famosa por sua seleção All Blacks, é referência no rúgbi mundial. O Brasil volta a jogar nesta sábado, contra o Uruguai, encerrando a participação no Sul-Americano. Na estreia, os argentinos venceram o Uruguai por 40 a 5. No rúgbi de 7 (formato da disputa olímpica em 2016 e dos Jogos Pan-Americanos) Brasil e Argentina se confrontam com mais regularidade. UOL

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